terça-feira, 21 de junho de 2011

Entrevista CBN - Raimundo Colombo

Entrevista com o cara de pau... digo, governador Raimundo Colombo.
Fica a sugestão... Queremos um professor entrevistando o governador, chega dele falar apenas o que é conveniente, chega de manipulação.




Governador reafirma pagamento do piso e pede que professores voltem às salas de aula

Florianópolis (20/6/2011) - Secom – Uma das questões que os professores apontam é que o Governo de Santa Catarina não está pagando o piso salarial. Afinal, o Governo está, ou não, pagando
Governador Raimundo Colombo – Desde a primeira proposta apresentada aos professores, o Governo cumprirá o piso com retroatividade ao dia 1° de maio. Nós aceitamos a reivindicação, achamos justa e queremos atendê-la. O professor catarinense precisa ganhar mais e o Estado compreende esse movimento. Evidentemente, não na plenitude que os professores querem, porque se nós aplicarmos o índice do piso até o teto, o impacto na folha de salário será de R$ 108 milhões por mês. Isso é impossível de o Governo atender e foge a qualquer capacidade financeira. Nós fizemos uma proposta e esses recursos serão na ordem de R$ 22 milhões, então estamos pagando bem além do piso, como primeiro passo para recuperação salarial dos professores. Não estamos fazendo contraponto e nem querendo desmanchar o mérito do movimento. Continuar a greve agora é prejudicar a educação de Santa Catarina, as famílias, o ano letivo. O que faço agora é um pedido para que todos os professores, sinceramente, voltem a sala de aula para normalizar essa situação, o ano letivo e levar a tranquilidade a todas as crianças e famílias. Vamos continuar conversando para melhorar cada vez mais a educação. 
Secom – O governador falou em debater a Educação. É esse o objetivo do grupo de trabalho proposto à categoria?
RC – Queremos discutir a questão salarial com todos os funcionários públicos, através de cada um dos sindicatos e estabelecer uma fórmula bem feita de remuneração, de desempenho e de empenho de cada um dos funcionários. Para se ter ideia, o plano de cargo e salário do magistério foi feito em 1980. Ele precisa ser atualizado e nós também temos exigências a fazer, colocando e discutindo fórmulas de alcançar a qualidade da educação, o comprometimento dos professores, mas fazendo isso juntos e por isso queremos um prazo. 
Secom – Como o senhor vê essa greve no início de governo?
RC – Um governante precisa estar preparado para todos os momentos. No início do ano, as enchentes acabaram atingindo 150 municípios catarinenses. As famílias foram fortes e aí vem um exemplo extraordinário de como nós precisamos respeitar as pessoas. O processo da greve é democrático e respeito, só que agora nós temos que voltar a sala de aula para continuar debatendo as nossas diferenças, mas sem prejudicar os alunos. O Governo, agora, precisa tomar atitudes mais duras. Nós fomos ao extremo do diálogo e continuaremos dialogando, mas agora queremos a volta às aulas.
Secom – Quais as medidas que o Governo do Estado irá tomar agora para resolver esse impasse?
RC – O Governo começa a tomar as suas atitudes, que são de ordem legal. Sinceramente, não gostaria porque quero o diálogo, quero construir esse grupo de trabalho para melhorar a Educação. Então parece que você está tomando atitude dura contra as pessoas. Mas não é, e sim para respeitar e apoiar as crianças e famílias. O Governo realmente vai descontar os dias parados, dando a oportunidade da reposição, até para consagrar o ano letivo. Inclusive, eu acho que se não houver outra solução é começar a substituir aqueles que faltam e também vamos à Justiça pedir a ilegalidade da greve. As consequências realmente produzem efeito que não deve, de formar nenhuma, impedir o diálogo para o futuro, que é fundamental para a educação de Santa Catarina. 
Secom – Os professores têm dúvidas e algumas informações estão desencontradas. Uma das que preocupa é que os professores vão ganhar menos. Isso realmente vai acontecer?
RC – Não, isso tanto não pode acontecer como não irá acontecer. Primeiro que não aceitamos isso e que a lei determina proíbe a redução de salários. Todos os professores terão aumento. Eles começam na faixa de 7% e vão até 44%. Outra informação é de que o Governo tem que cumprir a lei e decidimos cumpri-la desde o início. Outra coisa é que colocam que vai achatar a carreira. Nós fizemos um trabalho e mostramos ao Sinte o limite que a gente tinha, até por que não há outra fórmula de distribuir esses valores sem fazer algum tipo de achatamento. Mas não é um achatamento injusto, por que todos vão ganhar. 
Secom – Governador, uma última mensagem aos pais e professores 
RC – Quero agradecer aos pais pela compreensão. Isso causou transtorno na casa de milhares de catarinenses, gerou uma série de desconfortos, mas compreenderam a reivindicação dos professores. Também às crianças que vão ter que sacrificar sábados, feriados e, possivelmente, as férias. Mas isso tudo faz parte para melhorar a educação. Agora um pedido muito especial aos professores. Que realmente voltem à sala de aula e vamos continuar dialogando. Esta causa também é nossa. Melhorar e qualificar a educação e remunerar melhor os professores. 

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