terça-feira, 7 de junho de 2011

Rio do Sul - 27/05

Mais de mil professores participam de ato público, queimam diploma na Praça Ermenbergo Pellizzetti e realizam passeata até a SDR de Rio do Sul. 

Irreverência e muito humor marcaram a manifestação dos professore da rede estadual de ensino na tarde desta sexta-feira, 27, em Rio do Sul. Alguns professores vieram fantasiados de representantes do governo e queimaram diversas cópias de diplomas.

Em torno de mil professores e dezenas de alunos participaram de uma concentração e ato público na Praça Ermenbergo Pellizzetti, no nono dia de greve do magistério catarinense, que cobra do governador Raimundo Colombo a imediata aplicação da lei que criou, em 2008, o Piso Nacional do Magistério e que foi julgada constitucional pelo STF no início de abril deste ano. Santa Catarina havia entrado na justiça contra a lei.
Após a concentração na Praça, por volta das 16h, todos marcharam rumo à SDR de Rio do Sul, onde um documento reivindicatório foi entregue a representante da Secretaria de Desenvolvimento Regional.
O governador Raimundo Colombo voltou de viagem internacional na quinta-feira, 26, e assumiu as negociações com a categoria. A expectativa para a próxima semana é de que o governo apresente uma proposta concreta para pagar o Piso, conforme determina a lei: valor de R$ 1.187, incorporados à carreira.
Autoridades e lideranças sindicais participaram do evento em apoio e solidariedade aos professores. A sindicalista Zeli da Silva, presidenta do SITITEV (sindicato dos trabalhadores do setor têxtil) parabenizou a luta dos professores e manifestou apoio à categoria.

De acordo com os coordenadores do Sinte Regional, Regina Garcia Ferreira e Jaison Benting, na próxima quarta-feira, dia 1° de junho, outras manifestações estão previstas para serem realizadas nas SDRs de todo o Estado. “O movimento está cada vez mais forte e tem amplo apoio da imprensa e da sociedade. Não vamos recuar enquanto o governo não cumprir o que determina a lei”, enfatizou Regina.
Comentário do professor Waldemar Krajeski Filho, de Rio do Sul

Para Paulo Alceu a greve continua

"Os dirigentes do Sinte, que representa os professores, estão surpresos, segundo relatam, com a adesão ao movimento. Muitos comentam que profissionais que sempre foram céticos à greve passaram a aderi-la promovendo ações e movimentos em vários pontos do Estado. A garantia é de que os índices de paralisação estão aumentando de forma inédita. E afirmam que não houve refluxos. Ou seja, a greve está consolidada. Na segunda-feira, representantes da categoria vão ao Centro Administrativo na tentativa de retomar as negociações com o governo do Estado. A primeira exigência será a retirada da Medida Provisória concedendo piso a parte do magistério. A segunda será estabelecer quem sabe um calendário de implementação do piso na carreira. Ao seja a intenção não é a greve pela greve, mas a busca de uma solução negociada. Resta esperar a próxima semana na torcida por uma definição que atenda as angústias de uma categoria na busca do reconhecimento financeiro e de um governo voltando às pessoas."

Ouso afirmar que a maior manifestação de uma categoria já vista em Rio do Sul ocorreu sexta-feira, 27/05. Este grito estava represado há muito tempo e agora não tem hora para acabar. Simplesmente inédito. Depois de um passeio de 10 dias pela europa, esperamos pela sensatez do governo para que possamos voltar à sala. Estamos indo para 9 anos do mesmo governo, exigimos respeito.






















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