quarta-feira, 1 de junho de 2011

PROFESSOR É MAIS QUE FANTOCHE, PROFESSOR É EDUCAÇÃO

Sou professor (ACT) de Geografia da Rede Estadual de Ensino de Santa Catarina há quase dez anos e, cada vez mais consterno-me com as PROMESSAS feitas por governantes.
O mais deprimente é que esses governantes chegaram até o poder com o meu ou com o seu voto, tendo como lema de campanha da Coligação “As Pessoas em Primeiro Lugar”. Pergunto então a você leitor: Que primeiro lugar é esse, onde uma Lei federal é descumprida. Senão é isso dou-me ao direito de inferiorizar-me com a seguinte frase: Será que o Governo de Santa Catarina não me considera como pessoa?
Mas vou dar a  mim o direito de resposta também: sou pessoa sim, sou professor com muito orgulho e, infelizmente com muitas decepções, mas sou pessoa, membro de uma classe há decadas desvalorizada, mas é graças às pessoas como eu (que deveria estar em primeiro lugar, segundo o slogam da coligação que venceu as eleições), que o Governo de Santa Catarina aprendeu a ler e, infelizmente fazer mau uso do aprendizado concebido.
A cada momento vivido para conquistarmos aquilo que uma Lei Federal já determinou e garantiu em abril deste ano – O Piso Salarial (bandeira dessa luta) – sinto mais vergonha desse governo, sinto-me humilhado pelo descaso com essa classe de tamanha importância para o desenvolvimento da sociedade.
Como pode um estado de tamanha riqueza, como é o caso de Santa Catarina, que segundo o IBGE possui o 6º maior PIB do Brasil, cujos contribuintes pagam rios de dinheiro (bilhões de reais) de imposto ao ano, ainda não ter cumprido uma Lei Federal? Essa pergunta eu também respondo: É por desinteresse sim, puro descaso. Para complementar, esses políticos vivem falando em valorização profissional, principalmente, em períodos de campanha. Chega de discurso, queremos é ação. Estamos cansados de viver na utopia. Proposta sem a verdadeira valorização profissional que procuramos aos nossos ouvidos já ecoa como chacota, afrontamento.
Gostaria de salientar que não estamos pedindo aumento salarial, estamos pedindo apenas o cumprimento da Lei.
Volto a reafirmar o que já publiquei em uma matéria de outrora. Não preciso de motivação, não estou desmotivado, preciso que a valorização profissional tanto mencionada em inúmeros textos que já li em muita folha de papel chamada proposta de governo, continue vindo em forma de papel, mas um papel chamado dinheiro.

Professor: Reginaldo Silveira

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