segunda-feira, 20 de junho de 2011

Professores na câmara de Alfredo Wagner - Reginaldo

Gostaria de agradecer a moções de apoio realizadas por este órgão no dia 06 de Junho, representado pela pessoa do vereador Sr. Paulo César Rossi; Pela Amecon leia-se CONSEG no dia 09 de junho, na pessoa de Pedro Jaime dos Santos e pelo SINPAW no dia 17 de junho representado pelo Sr. Vanderlei Jorge.
Gostaria de agradecer ainda o espaço cedido pelos membros desta casa aos professores neste momento determinante para nossa classe.
Bem, o motivo que me traz a esta tribuna não me alegra muito, pois venho até ela falar por mim e com a permissão de meus colegas, por eles também, do descaso, desinteresse, desrespeito, humilhação, com que o Governo estadual está tratando neste momento nossa categoria.
Estou aqui com a intenção de esclarecer fatos a respeito da adesão e da continuidade da greve dos professores, que hoje ocorre em todo o estado de Santa Catarina.
Faz mais de oito anos que os Professores não recebem reajuste salarial, nem ao menos a inflação do período, mas nem por isso nesses oito anos os professores fizeram greve pedindo aumento.
No entanto, desde o dia 16 de julho de 2008 existe uma LEI FEDERAL de nº 11.738 que garante um piso salarial (um salário mínimo) aos Profissionais da Educação, respeitando os benefícios conquistados por décadas e o Plano de Carreira.
Essa mesma LEI foi considerada constitucional pelo SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL em 13 de abril deste ano, isto quer dizer que deve ser CUMPRIDA. E o governo de Santa Catarina não está cumprindo-a na íntegra, embora em nota divulgada nos meios de comunicação afirma que a cumpre, desta forma faltando com a verdade.
Aí deixo para vocês algumas colocações e perguntas: Nós cidadãos comuns não temos que cumprir as leis? Se não as cumprimos não sofremos sansões ou penalidades? Por que então o governo não precisa? Ou por que então não sofre penalidades por não cumprir?
Com as propostas anunciadas nas mídias o governo não está respeitando o plano de carreira, ou seja, desestimula a busca por qualificação, estudo, pois por umas de das propostas do governo um professor sem experiência nenhuma, somente com o ensino médio (2º grau) ganha o mesmo que um professor graduado (faculdade), especialista (pós-graduação) e com muitos anos de serviços prestados. Sendo essa uma estratégia para desunir a categoria, pois, pela proposta, beneficiava apenas os não habilitados. Isso é justo?
O governo está comparando-nos a mercadorias com preços promocionais ou sem valor.
Não somos mercadorias e nem vendemos educação. Educação não se compra ou vende. Educação se constrói, e somos pessoas, que auxiliam na construção da educação.
A cada momento vivido para conquistarmos aquilo que uma Lei Federal já determinou e garantiu sentimo-nos humilhados pelo descaso com essa classe de tamanha importância para o desenvolvimento da sociedade. Acreditamos e sabemos que a educação é o caminho da mudança. Até o atual governo sabia e acreditava nisso, pena que foi só durante o período de campanha eleitoral.
É necessário ensinar às nossas crianças e jovens não apenas a ler e a escrever, mas a olhar o mundo a partir de novas perspectivas, a adotar posturas. É despertar para a consciência dos direitos e deveres, é lutar em prol de uma coletividade e não se ater a interesses momentâneos e particulares.
Os Professores assumem o compromisso da reposição das aulas assim que o governo cumpra a lei na integra, pois educamos para o cumprimento das LEIS. Temos o compromisso de recuperar todos os dias parados.
Para finalizar e passar a palavra para a professora Camila, Convidamos vocês pais a se unirem a NÓS PROFESSORES para lutar por uma causa mais do que justa: A QUALIDADE NA EDUCAÇÃO.

Um comentário:

  1. Parabéns pela suas palavras,foram muito inteligentes.Você representou muito bem nossa classe.Nossa greve não é apenas pelo piso, mas sim por uma educação de qualidade. Mas o governo parece que não quer enxergar.

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